terça-feira, 19 de julho de 2016

CORDEL ENCANTADO




O cordel nasceu em Portugal e leva esse nome devido a sua maneira de comercialização no país europeu, onde eram pendurados em cordões chamados de cordéis. Esta literatura chegou no Brasil, mais especificamente em Salvador -  Bahia, por meio dos colonizadores, conquistando imediatamente o Nordeste. Saiba mais




A literatura de cordel é caracterizada por poesias de caráter popular pois a linguagem empregada é utilizada de maneira despreocupada e, remete a tradições e folclore de uma determinada região. Os textos são fabricados manualmente, as imagens são impressas como xilogravura. No cordel, os autores podem expressar suas opiniões e criar desde um romance, a ficção. Geralmente, os problemas relatados nos versos são solucionados por um personagem astuto e inteligente.
Apesar de serem bastante antigos, os cordéis vivem e  até hoje são vendidos em feiras populares.


Eis dois dos grandes cordelistas brasileiros:




Apolônio Alves dos Santos

Natural de Guarabira, PB, transferiu-se para o Rio de Janeiro no ano de 1950, onde exerceu a profissão de pedreiro, até viver da sua poesia. Seu primeiro folheto foi "MARIA CARA DE PAU E O PRÍNCIPE GREGORIANO", publicado ainda em Guarabira. Faleceu em 1998, em Campina Grande, na Paraíba, deixando aproximadamente 120 folhetos publicados e acreditando ser o folheto "EPITÁCIO E MARINA", o mais importante da sua carreira de poeta cordelista.





Arievaldo Viana Lima

Poeta popular, radialista e publicitário, nasceu em Fazenda Ouro Preto, Quixeramobim-CE, aos 18 de setembro de 1967. Desde criança exercita sua verve poética, mas só começou a publicar seus folhetos em 1989, quando lançou, juntamente com o poeta Pedro Paulo Paulino, uma caixa com 10 títulos chamada Coleção Cancão de Fogo. É o criador do Projeto ACORDA CORDEL na Sala de Aula, que utiliza a poesia popular na alfabetização de jovens e adultos. Em 2000, foi eleito membro da ABLC, na qual ocupa a cadeira de nº 40, patronímica de João Melchíades Ferreira. Tem cerca de 50 folhetos e dois livros públicados: O Baú da Gaiatice e São Francisco de Canindé na Literatura de Cordel.


Deixo vocês com um dos mais atuais cordelistas, o nordestino Bráulio Bessa que com seus cordéis postados em vídeo no facebook, ganhou destaque e está atualmente trabalhando na Rede Globo, no programa Encontro com a Fátima Bernardes.




Esta é um das melhores criações deste rapaz criativo e talentoso que, por meio da arte do cordel, faz uma análise crítica e bonita sobre o desejo de divisão do Brasil de alguns cidadãos, em meio a crise política do país.

Um comentário:

  1. Olá Ludmila, mais dois colegas seus postaram também os vídeos do Bráulio, como uma arte antiga volta com novas técnicas é magnífico, hoje mesmo todo é mistura, combinação, tomar partes de coisas e fazer uma nova, o que chamam de "remix"

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