quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Cibercultura

Imagem retirada do Google Imagens
A cibercultura surge na década de 70, através das invenção da internet relacionado com as invenções telecomunicativas. Essa relação, possibilita as interações socioculturais entre as pessoas. Essa relação do homem com os ciberespaços vem evoluindo a cada momento, com o desenvolvimento das tecnologia. A necessidade da comunicação transcende a comunicação oral e perpassa pelas redes. Para além disso,  vêm-se questionando a possibilidade de letramento na cibercultura, trabalhando as questões das práticas de leitura e escrita. Pensando que o letramento é a pratica que leva os aspectos politico-social e históricos da leitura e escrita, levando em consideração que hoje em dia todo mundo está conectado, esta seria uma grande possibilidade de trabalho.Entretanto, o letramento utilizando a cibercultura pode fazer com que percamos muitas informações do processo de letramento, como afirma Magda Soares no trecho a seguir, retirado do artigo "Novas práticas de leitura e escrita: letramento na cibercultura":
"No computador, o espaço de escrita é a tela, ou a “janela”; ao contrário do que ocorre quando o espaço da escrita são as páginas do códice, quem escreve ou quem lê a escrita eletrônica tem acesso, em cada momento, apenas ao que é exposto no espaço da tela: o que está escrito antes ou depois fica oculto (embora haja a possibilidade de ver mais de uma tela ao mesmo tempo, exibindo uma janela ao lado de outra, mas sempre em número limitado)."
Mas tendo em vista que o letramento envolve os processos históricos sociais, devemos repensar o contexto atual de letramento que apenas considera a cultura do papel. O interessante é acompanharmos as tecnologias, abusarmos e utilizarmos bastante das tecnologias, afim de otimizarmos mais as práticas de leitura e escrita.

"Novas práticas de leitura e escrita: letramento na cibercultura" 

terça-feira, 9 de agosto de 2016

Multiculturalismo e Globalização

A globalização é um fenômeno que surge a partir das necessidades do mundo capitalista e que marcou o início do século XX. A globalização tem como efeito integrar países, diminuir fronteiras, aumentar o comércio mundial e crescer e desenvolver economia dos países. Contudo, como qualquer sistema capitalista, nem tudo são flores e a globalização acaba, também, gerando muitos problemas, tais como altas taxas de desemprego e desigualdade sociais. É um fenômeno que tem diversos efeitos sociopolíticos, tanto positivos como negativos e que acaba causando também a fragilidade na interação da comunicação e interação de grupos sociais. 
De qualquer forma, com essa tendência de  "unir povos", a globalização acaba trazendo à tona o multiculturalismo - vou conceituar bem superficialmente, refere-se a pluralidade cultural em uma determinada região, país, estado etc. Devo deixar bem claro que, é um conceito básico e que o conceito amplo de multiculturalismo, varia de pessoa a pessoa com base em suas ideologias, posições políticas etc.
"Na classificação de Mclaren (1997, p.311), “é possível identificar quatro possíveis tendências de multiculturalismo: o multiculturalismo conservador, o multiculturalismo humanista liberal, o multiculturalismo liberal de esquerda e o multiculturalismo crítico e de resistência ou multiculturalismo revolucionário”. 
Lembrando que, dentro do multiculturalismo, há grupos sociais e culturais que são oprimidos e outros que são opressores, baseados no principio do capitalismo que norteia o multiculturalismo.
Enfim, vou deixar um vídeo de uma palestra do Roberto Gambini, no Ciclo de Debates Novos Olhares, no ano de 2008, que vai falar melhor sobre o multiculturalismo no Brasil num debate que mesmo sendo de 8 anos atrás ainda é bastante atual.


quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Educação e tecnologias: uma linha tênue e desafiadora

Imagem retirada do Google
Ainda é bastante desafiador no mundo da educação, conseguir trabalhar com as tecnologias. Nem todo o corpo docente se coloca à disposição e lida bem com a insatisfação dos alunos diante de suas aulas "antiquadas". Contudo, sabe-se que é impossível não se deparar com a internet no meio educacional, até porque os smartphones tomaram conta o mundo dos jovens, principalmente na sala de aula. Então, como diz o ditado "Se você não pode com o inimigo, junte-se a eles", seria bastante interessante para ambos os atores da educação (docentes e discentes), aproveitar esse fascínio sobre a internet, tecnologias e redes sociais ao seu favor, de maneira transversal usando  educação como base e eixo central.
Deixo-lhes uma leitura mais profunda acerca do tema.

terça-feira, 19 de julho de 2016

CORDEL ENCANTADO




O cordel nasceu em Portugal e leva esse nome devido a sua maneira de comercialização no país europeu, onde eram pendurados em cordões chamados de cordéis. Esta literatura chegou no Brasil, mais especificamente em Salvador -  Bahia, por meio dos colonizadores, conquistando imediatamente o Nordeste. Saiba mais




A literatura de cordel é caracterizada por poesias de caráter popular pois a linguagem empregada é utilizada de maneira despreocupada e, remete a tradições e folclore de uma determinada região. Os textos são fabricados manualmente, as imagens são impressas como xilogravura. No cordel, os autores podem expressar suas opiniões e criar desde um romance, a ficção. Geralmente, os problemas relatados nos versos são solucionados por um personagem astuto e inteligente.
Apesar de serem bastante antigos, os cordéis vivem e  até hoje são vendidos em feiras populares.


Eis dois dos grandes cordelistas brasileiros:




Apolônio Alves dos Santos

Natural de Guarabira, PB, transferiu-se para o Rio de Janeiro no ano de 1950, onde exerceu a profissão de pedreiro, até viver da sua poesia. Seu primeiro folheto foi "MARIA CARA DE PAU E O PRÍNCIPE GREGORIANO", publicado ainda em Guarabira. Faleceu em 1998, em Campina Grande, na Paraíba, deixando aproximadamente 120 folhetos publicados e acreditando ser o folheto "EPITÁCIO E MARINA", o mais importante da sua carreira de poeta cordelista.





Arievaldo Viana Lima

Poeta popular, radialista e publicitário, nasceu em Fazenda Ouro Preto, Quixeramobim-CE, aos 18 de setembro de 1967. Desde criança exercita sua verve poética, mas só começou a publicar seus folhetos em 1989, quando lançou, juntamente com o poeta Pedro Paulo Paulino, uma caixa com 10 títulos chamada Coleção Cancão de Fogo. É o criador do Projeto ACORDA CORDEL na Sala de Aula, que utiliza a poesia popular na alfabetização de jovens e adultos. Em 2000, foi eleito membro da ABLC, na qual ocupa a cadeira de nº 40, patronímica de João Melchíades Ferreira. Tem cerca de 50 folhetos e dois livros públicados: O Baú da Gaiatice e São Francisco de Canindé na Literatura de Cordel.


Deixo vocês com um dos mais atuais cordelistas, o nordestino Bráulio Bessa que com seus cordéis postados em vídeo no facebook, ganhou destaque e está atualmente trabalhando na Rede Globo, no programa Encontro com a Fátima Bernardes.




Esta é um das melhores criações deste rapaz criativo e talentoso que, por meio da arte do cordel, faz uma análise crítica e bonita sobre o desejo de divisão do Brasil de alguns cidadãos, em meio a crise política do país.